Cidade dos Ossos - Cassandra Clare

Sinopse

Um mundo oculto está prestes a ser revelado…Quando Clary decide ir a Nova York se divertir numa discoteca, nunca poderia imaginar que testemunharia um assassinato – muito menos um assassinato cometido por três adolescentes cobertos por tatuagens enigmáticas e brandindo armas bizarras. Clary sabe que deve chamar a polícia, mas é difícil explicar um assassinato quando o corpo desaparece e os assassinos são invisíveis para todos, menos para ela. Tão surpresa quanto assustada, Clary aceita ouvir o que os jovens têm a dizer…Uma tribo de guerreiros secreta dedicada a libertar a terra de demônios, os Caçadores das Sombras têm uma missão em nosso mundo, e Clary pode já estar mais envolvida na história do que gostaria.

Eu já conhecia esse livro há algum tempo, logo em outubro do ano passado, para ser mais preciso. A verdade é que sempre venerei Cassandra Clare, desde que ela escrevia fan fictions, nos remotos tempos da bruxomania. (Eu a entrevistei. Clique aqui para conferir as respostas e para comentar no post).

Até ganhei uma cópia autografada de “City of Bones”, que a própria Cassie me mandou (veja aqui). Fiquei mega feliz e comecei a ler, mas acabei parando na metade porque comprei CLOCKWORK ANGEL (eu falei dele aqui) e acabei me interessando mais pela história de Will e Tessa que pela de Jace e Clary. Ponderei que o primeiro livro logo chegaria no Brasil em Português e Clockwork demoraria a ser lançado, então peguei o mais atual.

Então, quando CIDADE DOS OSSOS chegou aqui em casa, eu devorei as 120 páginas que faltavam em menos deduas horas. Não resisti, tinha de falar dele o mais rápido possível. Em Cidade dos Ossos,conhecemos Clary Fray, uma garota aparentemente normal, que decide ir à Boate Pandemônio com seu melhor amigo, Simon. Lá, Clary presencia um assassinato brutal, cometido por jovens estranhos cobertos por tatuagens azuis e escarlates. Por mais que tente convencer a Simon e aos seguranças que um crime ocorreu ali, não há sinal do corpo e os homicidas não foram avistados por ninguém.

Ela volta para casa, tentando se convencer de que tudo aquilo não passou de uma cena produzida pela sua mirabolante imaginação. O que funcionaria, não fosse a urgência de sua mãe e de Luke, uma espécie de pai postiço, em viajar para o mais longe possível de Nova Iorque, a sensação de algo se quebrou e a aparição de Jace, um dos assassinos, logo depois.

Clary descobre possuir o dom da Visão: ela pode enxergar através do véu que encobre o mundo dos Caçadores de Sombras (shadowhunters para quem leu em inglês). Jace está em uma conversa no mínimo ácida com ela quando o seu telefone toca e sua mãe parece despedir-se dela. Ao voltar às pressas ao apartamento, não há sinal de sua mãe, mas sim de um demônio Ravener em seu quarto que a ataca e quase a mata com seu veneno.

Jace então salva Clary e a leva para o Instituto, um local coordenado por Hodge para treinar os Nephilins caçadores de sombras. Entre lutas com lobisomens, festas de bruxos, restaurantes de fadas e seqüestros por vampiros, ela vai tomando ciência de seu passado. Sua mãe era uma shadowhunter (caçadora de sombras) que pagou a Magnus Bane para alterar sua mente. Clary era capaz de ver o mundo das sombras por ter sangue do Anjo correndo em suas veias, mas essas imagens do sobrenatural eram automaticamente apagadas. Esse feitiço vai perdendo força com o tempo e é essa a causa do “incidente” na Pandemônio. Mais do que isso, sua mãe era casada com Valentim, um caçador de sombras determinado a destruir todos os “do mundo inferior” (achei essa tradução ridícula, mas no original é downworlders) – vampiros, lobisomens e todos os descendentes dos demônios, que vivem em uma “paz armada” com os nephilins.

Valentim teria sido derrotado há muito tempo, mas ele está de volta e quer a Taça Mortal, um instrumento dado pelo Anjo capaz de produzir novos caçadores de sombras. Com ela, Valentim pode criar um exército que derrotará os do mundo de baixo e vingarádos que o deserdaram.

Qualquer coisa que eu fale apartir daqui vira spoiler. Entretanto, é um mustread, tão bom que só empata com The Hunger Games e Vampire Academy. Eu estava sentindo falta de um livro que aliasse romance com ação, sem ser meloso demais. Cassandra conseguiu essa proeza, tornando o triângulo amoroso Jace/Clary/Simon engraçadíssimo e instigante.

Eu simplesmente adoro as provocações mútuas entre Jace (um personagem que eu detestei, por se achar demais “o macho alfa”) e Simon (uma versão afeminada do shadowhunter). Isabelle é uma personagem que me lembrou a Afroditede HON e Alec é insuportavelmente... bem, suportável. 

Um filme já está em produçãoe o consenso geral é que Alex Pettyffer deveria fazer o papel de Jace. Sou team Simon, mas é só um delírio. Desde oinício está na cara que eles não ficam juntos.

Vou apenas alertar a uma coisa. No final de CIDADE DOS OSSOS, Valentim faz uma revelação que vai deixar você revoltado, com vontade de parar de ler a série. Não se preocupe, não é o fim (quero ver adivinhar do que estou falando). 

Um grande candidato ao Troféu Joinha de Dezembro!

Livro: Cidade dos Ossos
Série: Os Instrumentos Mortais — Livro #1
Autora: Cassandra Clare
Páginas: 462
Editora: Galera Record

- Resenha escrita por: Igor Silva