“A Sereia” é o primeiro livro da autora americana Kiera Cass, já bastante conhecida aqui no Brasil por sua série “A Seleção”. Seu romance de estreia — “A Sereia” — foi publicado originalmente em 2009 de forma independente e, agora em 2016, ganha uma edição brasileira.
Tive oportunidade de ler “A Seleção” assim que ele foi publicado no Brasil. Apesar de não ter se tornado um livro favorito, foi uma leitura agradável. Interessante em alguns aspectos, envolvente e fluida. “A Sereia” foi minha segunda experiência com a autora e, novamente, não se tornou um livro favorito. Foi uma leitura leve, mas esquecível e pouco cativante.
Em “A Sereia” conhecemos Kahlen, uma jovem de 19 anos que, anos atrás, foi salva de um naufrágio pela Água. No entanto, para ser salva ela deveria aceitar uma condição: ela seria transformada em Sereia e precisaria servi-La pelos próximos 100 anos. Sua função enquanto Sereia é alimentar a Água sempre que necessário. O detalhe é: ela se alimenta de humanos — homens, mulheres, crianças. Então, quando a fome vem, Kahlen e suas irmãs Sereias vão ao mar e usam suas vozes — fatais — para atrair pessoas até o mar e afoga-las.
Kahlen é uma Sereia obediente — que apesar de não se sentir confortável cumprindo seu dever perante a Água — faz o que deve sempre que necessário. Porém, sua atitude muda quando ela conhece Akinli — um humano — e se apaixona por ele. Romance não é algo que a Água aprova e, para piorar, as Sereias não podem conversar com os humanos, pois suas vozes são fatais para eles. Elas vivem no meio deles, mas não podem usar a voz para se comunicar.
“A Sereia” foi uma leitura rápida e fluida. A escrita da Kiera Cass é simples, por isso é fácil caminhar pelas páginas do livro. Mas o mundo criado pela autora não convence. Vários pontos e fatos que são abordados durante a história não faziam muito sentido. Eles ou não eram explicados ou, quando eram, isso era feito de maneira pouco convincente.
Por exemplo: 1) Kahlen e suas irmãs Sereias podiam morar em qualquer lugar do mundo que quisessem e se mudavam constantemente. Dinheiro não era um problema para elas. Como elas conseguiam o dinheiro?; 2) Ao serem transformadas em Sereias elas não deveriam mais se lembrar da vida anterior. Mas algumas se lembravam de alguns fatos. Frequentemente elas faziam menção a fatos de suas vidas passadas. Como?; 3) Elas conseguem se comunicar com a Água quando estão em contato com ela. A Água é capaz de ler seus pensamentos. Mas ainda assim elas conseguiam ‘enganar’ a Água. Camuflar pensamentos. Jura?
Esses foram alguns pontos da história que não fizeram sentido pra mim. Além do romance que, a meu ver, foi incrivelmente forçado. Senti que a autora queria, simplesmente, que nesse livro tivesse uma ‘história de amor’ e, ali colocou um casal sem a menor preocupação de dar a eles uma história de verdade. Além de os dois se encontrarem em raros momentos durante a história, a autora cria entre eles uma relação de dependência que achei um tanto problemática. Kahlen demonstra ver em Akinli a razão de sua existência como se, sem ele, sua vida não tivesse propósito. Ela já viveu 80 anos como Sereia, morou em diversos lugares do mundo, teve oportunidade de conhecer pessoas e culturas diversas, mas não demonstra interesse por nada além de: romance/casamento.
Se posso dizer que algo me agradou durante a leitura, foi a relação entre as Sereias. Elas tinham uma conexão, uma parceria, algo de irmãs, realmente. Foi a única parte em que consegui sentir verdade dentro dessa história. Pois os demais laços existentes eram fracos e o mundo criado muito frágil.
Se posso dizer que algo me agradou durante a leitura, foi a relação entre as Sereias. Elas tinham uma conexão, uma parceria, algo de irmãs, realmente. Foi a única parte em que consegui sentir verdade dentro dessa história. Pois os demais laços existentes eram fracos e o mundo criado muito frágil.
Título: A Sereia
Título Original: The Siren
Autora: Kiera Cass
Tradução: Cristian Clemente
Editora: Seguinte
Páginas: 328
Exato!!!! Também não gostei desse livro!
ResponderExcluirPouco cativante e convincente, né? :|
ExcluirAmandinha <3
ResponderExcluirTô lendo esse livro no momento e a sua resenha é a minha opinião do começo ao fim. Tô simplesmente chocada com o fato de estarmos em 2016 e a Kiera Cass publicar um livro em que a protagonista diz que quer viver PELO cara. Ele tem um público adolescente, gente em formação. Deveria pensar melhor, sabe?
Bom saber que alguém mais pensou o mesmo!
Boas leituras!
Beijos
Oi, Michas! <3
ExcluirPois é! Problemático um livro voltado pro público jovem tratar dessas questões dessa forma, né?! Depois vou ver o que escreveu sobre ele!
Beijos!
Eu confesso que adorei a série da Seleção, mas a temática desse não me interessou muito e agora lendo a tua resenha fiquei ainda menos animada! Beijinhos
ResponderExcluirwww.chezb.com.br
Oi, Bruna! Eu só li o primeiro livro de "A Seleção" e na época achei legal. Gostei e desgostei.
ExcluirMas esse livro - "A Sereia - eu achei bem dispensável! :(
Beijos!
Ainda não li esse livro e confesso que estava bem animada a respeito dele por conta da série "A Seleção". Mas, agora desanimei Rsrs. Como faz??!
ResponderExcluirVou dar uma chance e ler.
Adoro seus comentários, textos e indicações Amanda, beijos 😘
Nossa, eu não consegui gostar desse livro. :( Achei o romance problemático e a história pouco convincente.
ExcluirSe você está interessada, leia sim. Talvez funcione melhor com você. Depois me conta como foi a experiência da leitura!
Beijos! E fico feliz em saber que gosta dos meus textos/indicações! :)
Oie :)
ResponderExcluirEntão, eu estava justamente procurando uma resenha que me convencesse a ler ou não A Sereia. Já não estava animada por conta de A Herdeira, que não minha opinião foi um erro fatal da Kiera, deveria ter fechado A seleção em A Escolha e pronto. Achei bem legal a ideia do livro, mas tudo nele, dedr a capa, a sinopse e os nomes esquisitos eram como uma plaquinha de "Não perca seu tempo" e o seu ótimo texto só reforçou isso. De qualquer maneira a Kiera é ótima, gosto muito dela, mas não é sempre que a ge te acerta, né?
Beijos *-*