Em breve, vai estrear outro filme do universo Blade Runner, clássico dos anos 80. Mas nem todos sabem que a história original – sobre um homem que caça androides (um tipo de robô humanizado) e que acaba se apaixonando por uma delas – foi baseado num conto do escritor Philip K. Dick, mestre da ficção científica.
Dick já teve alguns outros contos adaptados: Minority Report (com Tom Cruise) virou filme e série; The Man in The High Castle, série encontrada no serviço de streaming Amazon Prime. É um escritor quase especializado em futuros distópicos, um subgênero que anda bem popular, hoje em dia.
Neste ótimo livro que caiu em minhas mãos, Lotaria Solar, Ele mais uma vez discorre sobre uma aventura com ficção científica. É um gênero muito pouco explorado pela literatura brasileira, não acham? Uma pena por que faz pensar sobre o mundo em que vivemos, há diversas analogias possíveis de serem feitas.
As 159 páginas do livro – escrito em 1956, com tradução em português de Portugal – falam sobre uma sociedade onde a ordem social está desmoronando, enquanto a confiança na estabilidade econômica também diminui. Um governo totalitário cria aquilo que fica conhecido como Loteria Solar.
Mas não entenda com isso que os escolhidos vão ficar ricos, como acontece com quem joga por aqui e acompanha o guia completo das diversas modalidades disponíveis. Apesar de ser baseada em jogos de azar e envolvendo um sistema com nove planetas, os vencedores se tornam poderosos e ganham posições sociais, ao invés de dinheiro.
Sob determinado aspecto, tem a ver com fatores astronômicos e astrológicos, o que pode atrair leitores que gostem destes temas. Nem pense que quem for sorteado terá vida fácil, muito pelo contrário. Um dos cargos mais importantes, o de interrogador-chefe, é extremamente cobiçado.
O “sortudo” passa a ter que lidar com pessoas que o desafiam constantemente, e até com assassinos querendo derrubá-lo. Há uma saída, muito almejada, mas o vencedor precisará mudar de planeta. É uma história instigante para ler já imaginando como ele ficaria, adaptado para a sétima arte. Experimente!
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