Quando conheci o livro do Maurício Rosa foi a premissa que logo chamou a minha atenção, pois se trata de uma história que envolve suspense, crime, drama e gastronomia. Não sei vocês, mas eu nunca tinha lido nada que trouxesse a junção desses elementos e já adianto que foi uma mistura improvável (e inusitada) que deu certo.
O livro começa com uma carta de uma mãe para um filho escrita em 1990 e, através dessa carta, sabemos que eles estão separados há dois anos e que o filho está em um orfanato sob os cuidados de uma agente social, mas, a princípio, nós não sabemos o motivo da separação.
A mãe que escreveu a carta é a Anabela e, à medida que avançamos na história, sabemos que ela está em uma clínica de reabilitação porque cometeu um crime. E durante algum tempo da leitura ficamos nos questionando: qual foi o crime que ela cometeu? E porque ela está em uma clínica e não em uma prisão? Depois de alguns capítulos encontramos as respostas para essas perguntas.
Anabela, antes da internação, era uma chefe de cozinha de muito prestígio. E após algum tempo nessa clínica, ela recebe uma proposta da diretora do lugar. A diretora — além de corrupta — é também dona de um restaurante e quer ganhar um concurso gastronômico muito importante. Se Anabela ajudá-la a vencer o concurso terá sua pena reduzida.
Ao conhecermos o cotidiano de Anabela na clínica, conhecemos também outras pacientes — é uma clínica apenas para mulheres. Nesse contexto o autor consegue levantar reflexões muito importantes acerca de internações. Como as frequentes humilhações e violências muitas vezes sofridas pelas pacientes.
Ao longo dos capítulos o autor intercala acontecimentos do presente e passado para que possamos compreender melhor os fatos e as histórias de vida dos personagens. Mas, ainda assim, senti falta do autor se aprofundar um pouco mais nas questões do passado. Senti falta, por exemplo, de mais detalhes sobre a relação da Anabela com o seu filho antes da internação. Assim, conseguiria sentir mais conexão e empatia pela história de vida da protagonista.
Aliás, essa questão da maternidade foi uma das mais marcantes e que mais gostei durante a leitura. A Anabela ao mesmo tempo em que era mãe também era filha. E para ajudar a própria mãe precisou sacrificar certo tempo longe do seu filho. Imagino quão difícil foi essa decisão.
Foi uma leitura que me envolveu e me deixou curiosa à medida que avançava as páginas para entender todas as motivações do personagens, quais escolhas eles fariam e as consequências que suas decisões trariam. A história tem alguns pontos que podem ser melhor desenvolvidos pelo autor, mas de forma geral foi uma leitura com uma premissa bastante interessante — ousada, eu diria — e com um final surpreendente.
Obrigada por acompanhar o canal e o blog. Qualquer dúvida ou sugestão deixe nos comentários ou me encontre nas redes sociais.
O livro começa com uma carta de uma mãe para um filho escrita em 1990 e, através dessa carta, sabemos que eles estão separados há dois anos e que o filho está em um orfanato sob os cuidados de uma agente social, mas, a princípio, nós não sabemos o motivo da separação.
A mãe que escreveu a carta é a Anabela e, à medida que avançamos na história, sabemos que ela está em uma clínica de reabilitação porque cometeu um crime. E durante algum tempo da leitura ficamos nos questionando: qual foi o crime que ela cometeu? E porque ela está em uma clínica e não em uma prisão? Depois de alguns capítulos encontramos as respostas para essas perguntas.
Anabela, antes da internação, era uma chefe de cozinha de muito prestígio. E após algum tempo nessa clínica, ela recebe uma proposta da diretora do lugar. A diretora — além de corrupta — é também dona de um restaurante e quer ganhar um concurso gastronômico muito importante. Se Anabela ajudá-la a vencer o concurso terá sua pena reduzida.
Ao conhecermos o cotidiano de Anabela na clínica, conhecemos também outras pacientes — é uma clínica apenas para mulheres. Nesse contexto o autor consegue levantar reflexões muito importantes acerca de internações. Como as frequentes humilhações e violências muitas vezes sofridas pelas pacientes.
Ao longo dos capítulos o autor intercala acontecimentos do presente e passado para que possamos compreender melhor os fatos e as histórias de vida dos personagens. Mas, ainda assim, senti falta do autor se aprofundar um pouco mais nas questões do passado. Senti falta, por exemplo, de mais detalhes sobre a relação da Anabela com o seu filho antes da internação. Assim, conseguiria sentir mais conexão e empatia pela história de vida da protagonista.
Aliás, essa questão da maternidade foi uma das mais marcantes e que mais gostei durante a leitura. A Anabela ao mesmo tempo em que era mãe também era filha. E para ajudar a própria mãe precisou sacrificar certo tempo longe do seu filho. Imagino quão difícil foi essa decisão.
Foi uma leitura que me envolveu e me deixou curiosa à medida que avançava as páginas para entender todas as motivações do personagens, quais escolhas eles fariam e as consequências que suas decisões trariam. A história tem alguns pontos que podem ser melhor desenvolvidos pelo autor, mas de forma geral foi uma leitura com uma premissa bastante interessante — ousada, eu diria — e com um final surpreendente.
UMA RECEITA PARA A LIBERDADE, de Maurício Rosa
Título: Uma receita para a liberdade
Autor: Maurício Rosa
Editora: Multifoco
Páginas: 174
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